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Fundação Cultural Palmares promove debate sobre intolerância Religiosa

Fonte e foto: Fundação Palmares

Instituído pela Lei Federal nº 11.635, em 2007, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa é comemorado neste domingo, 21 de janeiro de 2024. A data representa um importante avanço para os mais diversos segmentos religiosos, em especial para as de matriz africana, religião esta que sofre diariamente preconceito. Pensando nessa caminhada, pela qual existe apenas 17 anos, a Fundação Cultural Palmares (FCP), por meio do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC), realizou no último dia 12 de janeiro, a terceira edição do seminário Diálogos Palmarinos, abordando o tema “RESPEITE A MINHA FÉ”.

Representantes de diversos segmentos religiosos participaram do evento, foram sete no total, tendo como mediador, o coordenador do CNIRC Guilherme Bruno. O encontro teve como principal objetivo discutir o respeito mútuo às diversas expressões religiosas, considerando a natureza, a extensão e a profundidade do comprometimento de uma pessoa com suas crenças espirituais.

Participaram da roda de conversa, o presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Santos Rodrigues; o Padre Jerfferson de Souza; o presidente do Centro Islâmico de Brasília, Sayid Tenório; a representante da comunidade Espírita kardecista, Ludmila Suaid; a representante Associação Cultural Israelita de Brasília.(ACIB), Natália Gedanken; a Professora e Pastora Wall Moraes da Ruah; os representantes do Candomblé, Bábà Joel de Osàgíyan e Mãe baiana de Oya Ialorixa do Ilê Axé.

O debate abordou diferentes pontos e todos os participantes expuseram suas visões acerca de suas religiões. De acordo com a pastora Wall, o protestantismo cresceu no Brasil a partir da ministração em escolas bíblicas dominicais, tendo como principal objetivo o ensinamento das doutrinas bíblicas. Contudo, ela afirma que uma das lutas dos movimentos sociais interreligiosos é a inclusão da história e cultura africana, americana e brasileira nas aulas dominicais, fator este primordial no combate à intolerância religiosa.

“Não há espaço hoje para falar disso nas igrejas evangélicas. Existe um movimento político e social lutando para que as aulas sejam também sobre o povo negro, é necessário que tenha diversidade. O projeto político pedagógico social que já cheguei a implementar numa igreja, torna-se fundamental para que haja uma fusão entre as diferentes religiões.” Disse a pastora em um dos momentos.

O presidente da FCP João Jorge Santos Rodrigues, afirmou que seminários serão frequentes em sua gestão. “Pretendemos, a partir do que foi discutido nesse encontro, realizar um comitê que debata sobre a liberdade religiosa na sociedade brasileira e que a Fundação Cultural Palmares, por meio do Governo Federal, seja o agente comunicador dessa discussão. Aqui estão representantes de vários segmentos religiosos. Já estamos avançando, pois juntar diferentes doutrinas é raro.” Disse João Jorge.

Bábà Joel de Osàgíyan, representante do Candomblé, definiu o candomblé como uma filosofia de vida. “Estamos falando sobre isso hoje porque os nossos ancestrais fizeram o mesmo no passado. Eles também bateram na porta, isso mostra que estamos no caminho certo.” Lembrou Joel.

Acompanhe todo o diálogo pelo nosso canal no YouTube.

https://www.youtube.com/watch?v=bCuGJ9OJpwA&t=2560s

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